Não é de hoje que sabemos que vários padres e bispos da Igreja Católica tem encontros íntimos com outros homens. O que não deveria ter problema nisso, afinal, como eu cito no meu livro O Armário (sobre a homossexualidade e saída do armário), a homossexualidade é apenas uma vertente saudável da sexualidade humana (e não é porque você é uma pessoa religiosa que não terá desejos, não é mesmo?). E, indo mais além, existe outro livro com relatos sérios sobre homossexuais no Vaticano, dizendo que lá, mesmo de forma escondida, existe uma das maiores comunidades gays do mundo.
Em todo o caso, não é essa compreensão que todos tem. Tanto que, recentemente, o bispo de São José do Rio Preto, Dom Tomé Ferreira da Silva, renunciou ao governo pastoral da Diocese de sua cidade após um vídeo erótico circular nas redes sociais em que ele se masturba em uma ligação com outro homem.
Em nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, foi informado que o Papa Francisco aceitou a renúncia de Tomé, que ocupava o cargo desde 2012. Em seu lugar, provisoriamente, ficará Dom Moacir da Silva.
Vale lembrar que, em 2018, Tomé já era alvo de escândalos sexuais ocorridos na Igreja. Já em 2015, ele teria se envolvido com seu motorista particular, com quem teria sacado grandes quantias em dinheiro da conta da diocese para dar ao seu amante. O caso repercutiu tanto na cidade que o Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, chegou a ir na cidade se reunir com outros líderes religiosos.
Em Abril, durante a homilia em uma missa, Dom Tomé se queixou que os paroquianos deixaram de repassar o valor de R$ 932 mil à diocese. Pois é, parece que viver a homossexualidade, de maneira saudável e plena (como deve ser, afinal, temos apenas uma vida para sermos felizes, né?) não é algo tão fácil quando você escolhe prestar serviços dentro da religião cristã.
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