Na última sexta (25) um casal gay sofreu ataque verbal na Clínica Veterinária e Pet Shop São Francisco, localizada em Birigui, interior de São Paulo. O ataque foi gravado e o vídeo viralizou nas redes sociais. A mulher, que usava roupa com a palavra “fé” em formato de cruz disse que o relacionamento entre dois homens “não é de Deus”
“Homem enfiando assim… o pau no c* do outro?! Que isso! (…) Estou falando para você que o negócio é homem com mulher, não é homem com homem, nem mulher com mulher. Você tá ouvindo?! Isso não é de Deus! Isso não é de Deus! Isso não é de Deus! Isso não é de Deus!”, disse a senhora no vídeo que viralizou nas redes sociais.
O casal gay registou boletim de ocorrência usando inclusive o vídeo acima. O proprietário da clinica tentou alertar a cliente de que ela estava cometendo crime de homofobia, mas ela deixou claro que não acredita que a homofobia seja passível de sanção penal.
A clinica veterinária emitiu nota, nesta segunda (28/09) em sua página no Facebook “A Equipe Clínica Veterinária e Pet Shop São Francisco vem manifestar seu repúdio contra ato de discriminação e preconceito ocorrido no dia 25/09 em nosso estabelecimento e esclarecer que tal ato não foi praticado por qualquer integrante da nossa equipe ou diretoria. Reforçamos que essa atitude não condiz com as diretrizes e valores da nossa empresa, atendendo a todos clientes e amigos com dignidade e em busca e sua satisfação. Assim, a empresa manifesta publicamente sua solidariedade aos ofendidos, a todos e todas aqueles que têm sofrido qualquer tipo de preconceito ou discriminação, nos colocando à disposição para demais esclarecimentos”
A nossa #LGBTfobia de cada dia. O que me deixa triste é que mta gente só começa a lutar pelos nossos direitos qdo acontece algo com elas. Se cada LGBT deste mundão fizesse o mínimo possível (especialmente com boa educação) teríamos um mundo melhor pra tdes pic.twitter.com/7kcpNxTxqJ
— Fabricio Viana 🏳️🌈 #OrgulhoSempre (@FabricioViana) September 29, 2020
Segundo dados tabulados por Julio Pinheiro Cardia, ex-coordenador da Diretoria de Promoção dos Direitos LGBT do Ministério dos Direitos Humanos em 2019, 8.027 pessoas LGBTs foram assassinadas no Brasil entre 1963 e 2018 em razão de orientação sexual ou identidade de gênero.