Como digo neste vídeo “Como Namorar um Casal?” no Youtube, cada relação é única, seja ela aberta, fechada, poliamorosa, entre heterossexuais, bissexuais ou homossexuais. Afinal, as pessoas que compõem estas relações também são únicas: logo, cada um precisa achar – e conversar muito – para que sua relação seja a melhor possível.
Entretanto, um estudo realizado com na Universidade de Rochester, na Califórnia, descobriu o que faz de um relacionamento aberto ser bem-sucedido. Mais de 1500 casais foram entrevistados para a pesquisa e a grande maioria estava entre os 20 e 30 anos de idade e uma média de 4 a 5 anos de namoro cada.
Dentre estes 1500 casais, aproximadamente 12% se identificaram como homossexuais (sendo gays ou lésbicas), 11,5% como bissexuais e 17% como “heteroflexíveis” (que não se importariam, por exemplo, de se relacionar também com pessoas do mesmo sexo).
O estudo dividiu os entrevistados em cinco grupos:
- Dois monogâmicos (relacionamentos em estágio inicial e a longo prazo)
- Um grupo não monogâmico com consentimento (ou seja, totalmente aberto e honesto sobre isso)
- Um grupo não monogâmico com consentimento parcial (aqui, ambos os parceiros estavam em diferentes níveis de conforto, consentimento e comunicação em torno da atividade sexual do outro, e o desejo de monogamia era compartilhado de maneira não uniforme por ambos)
- E, por fim, um grupo não monogâmico unilateral (ou seja, aquele em que uma pessoa faz sexo com outras pessoas, mas seu parceiro não gosta, não concorda ou não sabe disso).
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Um a cada 13 casais estavam em um relacionamento “não monogâmico com consentimento”. Publicado no Journal of Sex Research, o resultado foi surpreendente:
Os dois grupos monogâmicos e o não monogâmico consentido foram os que apresentaram maior satisfação no relacionamento. Já o grupo onde a não-monogamia era parcial ou unilateral, mostraram mais insatisfação na relação.
Em outras palavras, o estudo disse que relacionamentos abertos são mais bem-sucedidos, pois diferentes tipos de relacionamentos se adequam a diferentes tipos de pessoas em situações diferentes. O que vale mesmo, e o estudo também apontou essa característica fundamental, foi que a comunicação sincera entre seus membros é o ponto mais importante.
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“Sabemos que a comunicação é útil para todos os casais. No entanto, é fundamental para casais em relacionamentos não monogâmicos, pois eles enfrentam os desafios extras de manter um relacionamento não tradicional em uma cultura dominada pela monogamia“, disse Roger Rogger, um dos professores responsáveis pelo estudo.
Segundo ele, a não comunicação na relações podem facilmente se tornar tóxico, levando sentimentos de negligência, insegurança, rejeição, ciúmes e traição. Outros pontos do estudo relatam que pessoas em relacionamentos abertos também permaneciam mais tempo em suas relações, que a prática era mais vista em casais do mesmo sexo e que casais que “pulavam a cerca” sem seu parceiro saber – o que acontece muito por aqui, não? – eram os mais fáceis de produzirem insatisfações.