Um dos games mais incríveis do mundo acabou de lançar uma DLC onde Aloy é lésbica. O motivo do espanto é que, pra quem não é do universo dos games, foi lançado há alguns anos o game Horizon Zero Dawn onde uma garota deserdada de sua tribo luta pra entender a si e o mundo caótico que vive e que é carregado de máquinas/animais asssassinas. E um grande mal.
Até aí, tudo bem. O primeiro jogo é realmente incrível e proporciona muitas horas (ou dias, ou meses) de entretenimento. Sem contar as cenas épicas e o cenário sempre muito incríveis. Daí passam alguns anos e lançam a continuação do game chamado Horizon Forbidden West, a continuação tão show de bola quanto o primeiro jogo. Mas com uns detalhes que eu notei logo de cara: a inclusão de um personagem deficiente (ele não tem um dos braços) na trama (ele é um guerreiro e aparece diversas vezes) e também a inclusão de uma personagem lésbica chefe (maldosa mesmo! kkk) e que quer amar e depois matar Aloy.
Resumindo, a inclusão de personagens (uma deficiente e outra lésbica) dentro da história é o que eu venho falando – enquanto escritor – que é o ideal a se fazer ao se construir novas histórias: seja em livros, games, filmes, seriados, etc. Exatamente como fizeram no filme Eternos e que eu gravei um vídeo falando sobre isso. Sobre a importância desta inclusão.
O que eu não esperava, realmente, é que, iriam lançar uma DLC (uma espécie de mapa ou história adicional a um game já lançado) e que dentro dela, ao final da história (contém spoiler) a personagem principal Aloy acaba se envolvendo muito com a Seika.
E é tudo tão perfeito que, obviamente, como o game é jogado em todo o planeta (é um dos poucos que é dublado em vários – muitos – idiomas, quando elas se envolvem no final e Seika diz que a ama, o game dá ao jogador a possibilidade de concordar, deixar pra mais tarde ou dizer que não é sua praia. Ou algo assim. Uma forma de fazer com que, caso o jogador ou jogadora não se sinta a vontade com a relação entre duas mulheres, tudo bem, basta ele deixar pra depois ou “não é sua praia”. E a história segue sem nenhum problema. Não é algo impositivo. Entendem?
Da mesma forma que não é algo impositivo, também fizeram com que a história das duas não se prolongasse. Afinal, não é um game de sapatão, de lésbica, etc. Por isso, se você escolher sim, e foi meu caso, as duas dão um beijo de língua e depois conversam sobre não mais se ver devido a vida intensa das duas. Tipo, foi apenas aquele momento e tá tudo bem.
Eu amei. Claro, sou apaixonado por este game desde o lançamento da primeira história. E me tornei fã mesmo. Só não entendi porque não ganharam nenhum prêmio (acho que é a máfia das grandes produtoras, sei lá). Mas que sempre mereceu, mereceu.
E vocês? Sabiam de tudo isso? Gostaram da revelação? Aloy lésbica? Sapatão?
Edit: Parece que o povo da Metacritic está sendo bombardeada de comentários LGBTfóbicos por conta deste detalhe. Eles deixam usuários darem notas aos filmes, jogos, etc. E o game, após Aloy ser lésbica, só pioraram. Tanto que o sistema será mudado pra evitar os comentários explicitamente LGBTfóbicos. Triste isso, né? Em pleno 2023.