Nessa vida corrida em que todos nós nos encontramos, acabamos sempre esbarrando em publicações nas redes sociais de todos os tipos e para todos os gostos. A maioria, de fato, não nos serve pra nada.
Mas algumas nos faz refletir sobre a vida e, em muitos casos, nos faz evoluir e pensar em sermos sempre “pessoas melhores que ontem“, não é mesmo? Alias, um post aqui no meu blog “Que tipo de pessoa você é?” até hoje faz muuuuito sucesso (se tiver tempo, leia depois!)
Bom, continuando (mania de jornalista e autor de mais de sete livros publicados – alguns premiados – que ama escrever rs), zapeando por aí me deparei com o post no Facebook do jovem Anderson Silva com o título de “Você tem coragem?” e logo abaixo, em caixa alta “HOJE MINHA FUNÇÃO É FAXINEIRO”
Comecei a ler e, francamente, não tem como achar tudo muito incrível. O Anderson descreve que ele começou a fazer faxina e que essa sua nova profissão no início lhe dava certo receio de compartilhar com seus crushes na vida. Ele até comentou com um ex dele sobre ter vergonha antigamente de dizer para as pessoas que fazia faxina e o ex respondeu instantaneamente “É, realmente dá vergonha”.
No entanto, como ele bem disse em seu brilhante texto (e muito bem escrito por sinal), não é isso que reverbera nele. Pelo contrário. Ele se percebe realizado pois não trata de apenas limpar e organizar a casa das pessoas. Trata-se de trabalhar com leveza, com um propósito, de verdadeiramente fazer a diferença na vida de alguém.
E ele está certíssimo. Não é preciso ter cargos altos e de sucesso, como gerente, supervisor, diretor ou tantos outros para ser feliz. Você tendo um trabalho digno (fazendo o que gosta), e um salário bacana, você já pode se sentir vivo, realizado e uma pessoa de sucesso.
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Lembro-me, lendo a história dele, que há muitos anos eu tive um namorado que era porteiro de um prédio (e como eu já tive inúmeros namorados, a identidade dele fica resguardada). Quando nos conhecemos, ele disse que trabalhava na recepção de um empresa. Que, de fato, não era uma inverdade. Mas o cargo era de porteiro mesmo. Eu, depois que descobri no dia a dia e com a convivência, não me importei nenhum pouco. Afinal, ele era um cara incrível, que trabalhava pra caramba, tinha o dinheiro dele, morava sozinho e a parte mais legal de todas: não dependia de nada e de ninguém.
Eu amo gente assim. Como eu sempre disse, já conheci várias pessoas “encostadas” que – desculpem minha opinião – não merecem meu respeito e atenção. Minha primeira formação foi em psicologia com foco na psicologia analítica (Carl Gustav Jung) e o processo de individualização que se busca neste tipo de terapia ou crescimento pessoal vende justamente esta ideia: você tem que batalhar e trabalhar pelo seu próprio sustento. Ser dono de si mesmo. Não importa o que faça (dentro da lei, é claro) e não importa o quanto você ganhe. É seu. É fruto do seu trabalho. É digno. É lindo. E mostra que você não veio ao mundo para ser apenas uma planta, um enfeite. Você está contribuindo com algo, em especial, com sua própria vida.
Então, não só a história do Anderson é incrível como de várias outras pessoas que estão por aí. Afinal, as pessoas tem que sentir vergonha sim. Mas sentir vergonha de não trabalhar, de viver nas custas dos pais, do namorado/marido ou viver de favor na casa de familiares ou amigos. E durante muito tempo. Isso sim, no meu ver, é uma grande vergonha (e tem muita gente nesta situação, infelizmente).
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Então, mais uma vez, parabéns Anderson pelo brilhante texto e espero que seu post, mais meu post aqui no blog e tantas matérias que espero que façam sobre você, atraia ainda mais clientes e contatos profissionais.
Que você faça ainda muito mais sucesso!
O Instagram dele é @falandoemfaxina e o meu @fabricioviana.sp (já add os dois de uma vez) kkkk