Editado em 08/08/2019: A temporada continua!
Acessem o Insta do Lino para novas datas e horários!
A melhor parte de ser um blogueiro é a autonomia da gente poder publicar o que quiser e quando quiser. E sim, tenho blog desde 2001 como muitos sabem. Já fui blogueiro em diversos portais, escrevi pra diversas revistas e por aí vai indo. Mas isso não vem ao caso. O que venho aqui dizer aos meus leitores é que fui assistir uma peça nesta sexta e… AMEI.
Antes, mais uma breve introdução. Mal de quem ama escrever. Eu recebo muitos releases por dia para publicação aqui e no portal da Parada do Orgulho LGBT, mas por contrato que tenho com eles, só subimos uma nota por dia por lá. E escolher as pautas é complicado. O portal da Parada não é um portal de notícias com uma equipe editorial grande. Apenas eu realizo todo o trabalho. A ideia lá é não deixar as coisas paradas, afinal, a ONG da Parada trabalha todo o ano e por isso publica-se algumas coisas esporadicamente com o objetivo de “movimentar-se”. E com todo o profissionalismo que a Parada precisa (meu currículo e prêmios já dizem isso!). Enfim, é que recebo inúmeros releases e não dá para publicar tudo (e as pessoas não entendem, por isso a breve explicação!). Além de vários convites para eventos e peças de teatro que recebo, e que, raramente, vou (minha agenda também é bastante complicada). Mas calhou de eu publicar e também de ir nesta peça. Publicada aqui (clica pra ler depois). Só pra introduzir bem a introdução ao assunto introduzido (risos).
Pois bem, a peça se chama Transderella e é uma releitura do contos de fadas da Cinderela. Entretanto, nesta versão, a Cinderela é uma mulher transexual. Sou bem chato com teatro e textos em geral. Mas a primeira impressão boa foi a visita ao Teatro Paiol. Pouca gente sabe mas cursei teatro amador lá neste teatro e muitas coisas sobre construção de personagem aprendi lá, na raça (talvez por isso meu romance homoerótico THEUS – um dos meus sete livros publicados – faça tanto sucesso!). Quando a peça começou eu fiquei um pouco incomodado. Como o quê? Não queria uma peça infantil e o texto de início era bem clichê. Sério. Mas até ai, eu estava ali e iria assistir até o final. Afinal, aprendi uma coisa na vida. Se a gente não gosta de algo (peça de teatro, música, livro e afins) a gente guarda pra gente! Por mais ruim que seja, há o trabalho de alguém e isso deve ser respeitado. Daí, quando não gosto, não falo nada. Não publico nada. Não escrevo nada.
Entretanto, não foi isso que aconteceu. Embora o início (só os primeiros minutinhos) com o texto daquele jeito, e um show de transfobia, bullying e assuntos que eu particularmente já estava careca de escutar, veio a grande surpresa: o texto em si foi crescendo, amadurecendo, se tornando grande, gigante e do nada, bum, explodiu em um brilhantismo incrível. Algo que só quem escreve textos (e histórias) sabe realmente apreciar com bom gosto. As sacadas, o bom humor, os momentos dramáticos, as falas da Fada Lino e dos diversos personagens estavam REALMENTE incríveis. Tudo se encaixando em tudo dentro de uma brilhante sinergia. E nada, nada infantil.
No final? Fiz questão de ir até o Lino (autor e diretor) e tirar uma foto (abaixo). Sim, tive orgasmos e pensei: preciso escreve sobre esta experiência. Ele realmente me surpreendeu. E fiquei feliz por isso. Ele disse que a peça se tornará livro em breve. Eu espero que sim. E vou ajudar na divulgação, afinal, mesmo com livros publicados de forma independente (como é meu caso), sei que não é nada fácil escrever, publicar e claro, vender livros no Brasil. Mas gostei tanto que faço questão.
Ver essa foto no Instagram
Clique aqui pra ver a foto no meu Instagram, aproveita e me segue lá!
Lino, e todo o elenco, vocês estão de parabéns! De verdade. Espero que tenha outra temporada da peça . De coração. Vocês todos estão de parabéns mesmo. E para os leitores do meu blog que lerem essa nota antes do dia 26 de Julho/19, saibam que a última apresentação desta curta temporada será nesta data (talvez eu vá novamente prestigiar!). Será nesta sexta-feira. Todos os detalhes aqui. Se puderem ir, vão. Se não puderem de ir, sinceramente deem um jeito de ir do mesmo jeito! Peça linda, texto lindo, empoderado, magnífico. Vale a pena mesmo. Recomendação do Viana. Com selo de qualidade de alguém chato pra caralho.
E depois me contem se gostaram. Beijos do careca aqui. E que apareçam mais mentes brilhantes como a do Lino. Incrível mesmo.