Por conta da pandemia do novo Coronavírus que tomou conta do mundo em meados de Dezembro de 2019, governos de todos os países foram tomando medidas com o objetivo de conter a disseminação do vírus que, até então, não tinha vacina e nem sequer tratamentos adequados para as pessoas que acabavam sendo infectadas e – na maioria dos casos – mortas por ele.
Cidades inteiras entraram em lockdown, empresas fecharam, pessoas e famílias inteiras perderam seus empregos e a situação econômica entraram em crise. Neste cenário terrível na busca de um entendimento sobre o vírus chamado de Covid-19, notamos também o surgimento de forças solidárias autônomas de ONGs, coletivos, grupos, empresas e até mesmo de outras pessoas para ajudar aquelas outras mais necessitadas: especialmente com alimentação e comida.
No centro da cidade de São Paulo por exemplo, considerada uma das cidades mais populosas do mundo e até mesmo o centro financeiro do Brasil, muitas pessoas em situação de vulnerabilidade – moradores de ruas e pessoas LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) viram diante de suas vidas um problema maior ainda para conseguir sobreviver durante a pandemia: não tem mais comida, vivem quase sem higiene e com o mínimo de esperança possíveis (muitas foram abandonadas por suas famílias justamente por serem pessoas LGBTs e outras largaram as periferias pra tentar a sorte nas ruas da capital).
Foi nesta época que a ONG APOLGBT SP, ONG que organiza há mais de 25 anos a maior Parada do Orgulho LGBT do mundo (além de outros eventos de militância e cultura para a comunidade LGBT, como o Ato Basta!, Bloco da Diversidade, Em Memória, Mostra de Cinema, Ciclo de Debates, Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+, Feira Cultural da Diversidade LGBT+, Encontros sobre Saúde/Prevenção IST/Aids ou outras manifestações), juntamente com Heitor Werneck (estilista, figurinista e produtor cultural brasileiro) tiveram a ideia de criar o projeto Parada Pela Solidariedade: principalmente pelo fato da sede da APOLGBT SP ter sua localização próximo à Praça da República (Centro de São Paulo).
O projeto Parada Pela Solidariedade tem o objetivo, até os dias de hoje, de arrecadar dinheiro, cestas básicas, kits de higiene e demais utensílios que possam ajudar essas pessoas em situação de vulnerabilidade: e não apenas as pessoas LGBTs. O Projeto começou no início de Maio de 2020 e, de acordo com a prestação de contas da ONG referente ao primeiro trimestre de atividades, foi arrecadado mais de 28 toneladas de Cestas Básicas, 604 Máscaras, mais de 3 mil Kits de Higiene Pessoal, mais de 2 mil Marmitex, 2 mil preservativos, entre outros itens e utensílios conforme a tabela abaixo.
Além de valores em dinheiro doados por pessoas e empresas:
Uma das iniciativas da ONG foi a produção da TransVidasLive, do projeto Parada pela Solidariedade, com o objetivo de arrecadar fundos pro projeto (que teve apoio de outras ONGs e empresas). Ela ainda pode ser assistida por meio deste vídeo:
Atualmente o projeto vai ganhar mais força e ajuda com a Corrida do Orgulho LGBT+, uma corrida totalmente virtual onde os participantes compram o kit por R$ 60 e o valor é direcionado para o projeto Parada pela Solidariedade. Todas as informações sobre a corrida estão no link http://paradasp.org.br/corrida-do-orgulho-tera-inscricoes-revertidas-para-pessoas-lgbt-em-situacao-de-vulnerabilidade/
Segundo a diretoria da ONG o projeto vai continuar durante toda a pandemia. Para quem quiser ajudar, conhecer ou colaborar, todos as informações estão no site http://paradasp.org.br/projeto-rede-parada-pela-solidariedade-ajudem-compartilhe ou pelo e-mail solidariedade@paradasp.org.br
Esse trabalho regional, no centro de São Paulo, mostra que mesmo com um problema global nós ainda somos humanos e muitos de nós, nos preocupamos uns com os outros: Isso sim é sempre importante. Logo, se puder, compartilha este post nas suas redes sociais para que mais pessoas conheça e, quem sabe, ajude o projeto Parada pela Solidariedade.