Aos 49 anos, o funkeiro MC Catra morre em São Paulo vítima de câncer. Wagner Domingues Costa (MC Catra), deixa 3 mulheres, 32 filhos e 4 netos. Ele estava internado no hospital do Coração há uns meses tratando de um câncer gástrico.
E você pode achar funk uma melodia chata. Muitos vão dizer que nem é música. Tudo bem, você não gosta, não escute. O que, de fato, vocês precisam entender é que o funk tem muitos adeptos e gente que ama o estilo. E que você não precisa diminuir o outro pra se sentir superior por conta disso. Eu mesmo curto, as vezes, funk proibidão. Para quem gosta de literatura erótica, a melodia e o erotismo de algumas músicas realmente me encantam.
Entretanto, o post da morte do Mc Catra aqui no meu blog se dá por dois grandes motivos. O primeiro deles é o carinho enorme de pessoas que o consideravam muito. Você percebe, pelas homenagens, de artistas e fãs do cantor, do quanto ele era humilde e realmente querido. Um cara iluminado e que fazia a diferença no mundo (queria mais gente assim!)
O segundo, e tão importante quanto (pra quem é gay, como eu), é sua sinergia com a diversidade sexual. Diferente de muitos cantores que já foram na mídia e condenaram gratuitamente a homossexualidade, o MC Catra sempre foi pró-LGBT (mesmo ele tendo escorregado algumas vezes, como em uma de suas músicas chamar trans de “traveco” – mas a gente percebe que nunca foi por mal e sim por falta de instrução ou estudo focado na diversidade LGBT: aliás, até jornalistas escorregam, imagine cantores e artistas). Enfim, ele teve até filhos homossexuais. E sempre que pode nunca condenou a homossexualidade. Digno de quem sempre teve sua sexualidade muito bem resolvida. Olha esse post antigo no twitter dele:
Deixa os gay ser gay, deixa os gordo comer, deixa as mina dar, deixa eu fazer meus filhos, DEIXA AS PESSOAS
— Mr Catra (@OficialMrCatra) 26 de dezembro de 2016
Que mais artistas sigam esse exemplo. Homofobia (ou LGBTfobia) como muitos sabem, não tá com nada.
“Deixa os gay ser gay, deixa os gordo comer, deixa as mina dar, deixa eu fazer meus filhos, DEIXA AS PESSOAS” (MC Catra)