Rozângela Justino, que também é missionária, é uma das autoras do projeto de “cura gay” em 2017 e sempre foi conhecida por defender o “tratamento de reversão da homossexualidade”, liderando grupos que promoviam o “tratamento” conforme relatos no livro O Armário sobre a homossexualidade
Em decisão histórica, na última sexta (18), a psicóloga Rozângela Alves Justino, teve seu registro profissional cassado pelo Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP-DF) após defender, por muitos anos, a prática popularmente conhecida como “cura gay”.
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A decisão foi tomada após denúncias feitas no Ministério Público Federal (MPF) e pela Associação de Brasileira dos Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT). Com esta decisão, Rozângela está impedida de manter atendimento a pacientes como psicóloga em todo o país. Caso ela continue, poderá responder por exercício ilegal da profissão: crime previsto no artigo 47 da Lei das Contravenções Penais (Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício)
Rozângela é conhecida por fazer parte de um grupo religioso de psicólogos que, todos os anos, defendem erroneamente a tese de “cura gay”, conforme descrito no livro O Armário, sobre a homosexualidade e saída do armário. Em 2017 seu nome entrou mais em evidência por ela ter sido uma das autoras do projeto de “cura gay” que defendia o “tratamento de reversão da homossexualidade”.
Atualmente, Rozângela ocupa “cargo especial” como assessora parmalmentar na Câmara dos Deputados em Brasília, junto ao gabinete do deputado Sostenes Cavalcante (DEM-RJ) ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Em resolução, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) aponta que os psicólogos não devem colaborar “com eventos que proponham tratamento e cura das homossexualidades”.