Artistas brasileiros e internacionais se juntaram em uma campanha chamada Obscenografica, na luta apela liberdade de expressão na arte erótica como um combate à censura e o moralismo.
Em todo mundo está a ocorrer mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais e isso impacta diretamente nas nossas relações com as demais pessoas. Há um movimento por uma nova forma de consumo mais saudável e de menor agressão ao meio ambiente, grupos que trocam o uso de carros por transporte público ou bicicletas para poluir menos as cidades, assim como cada vez mais há um contingente em defesa pela diversidade sexual e da igualdade de gênero, cor e credo.
Em resposta a essas mudanças, um outro lado vem na tentativa de frear essas forças, num movimento de retrocesso ao que já fora conquistado. A exemplo disso, citamos os casos recente de censura em exposições, performances e apresentações de cunho erótico, seja pela autoridade do Estado, seja por pressão dos movimentos conservadores. Casos como o do Queermuseu e a da apresentação teatral de um Jesus travesti figuram entre as diversas atividades artísticas que foram censurada por apresentar um conteúdo que vai contra a moral e os bons costumes.
Com o intuito de fazer frente a esse retrocesso, 31 artistas (25 brasileiros e 6 estrangeiros) se uniram por um bem comum: a liberdade de expressão e o respeito pela diversidade sexual, de cor e de crenças. O movimento, intitulado Obscenografica, lançou recentemente uma campanha de Crowdfunding (financiamento coletivo – a famosa vaquinha) para arrecadar fundos para a publicação de um livro contendo obras de pinturas, fotografia, poesia, cartum, crônicas e ilustrações cuja temática é o erotismo e a diversidade sexual. A característica fundamental do grupo de artistas é a pluralidade e conta com a participação de trans, queer, lésbicas, gays, bi e outros, tanto negros quanto brancos.
Dentre os artistas que integram o manifesto pela liberdade de expressão estão a cartunista transgênero Laerte, a premiada escritora Veronica Stigger, a artista visual trans Bárbara Macedo, a ilustradora italiana Frida Castelli, a artista plástica queniana Nadia Wamunyu cujos trabalhos abordam temas sobre assédio sexual, o escritor e poeta queer Glauco Mattoso, a grafiteira e ativista lésbica Ani Ganzala, o francês Laurent Benaim, conceituado fotógrafo erótico, e muitos outros excelentes artistas que juntos formam a Obscenografica, esse movimento pela liberdade na arte.
Artistas promovem luta pela liberdade de expressão na arte erótica
Assista ao vídeo da campanha: https://www.youtube.com/watch?v=b_BfjW7KTQ0
Com a arrecadação do dinheiro obtido pelo financiamento coletivo, o grupo vai publicar o livro e distribuir para aqueles que fizeram a contribuição com a recompensa do exemplar do livro, além de distribuir gratuitamente a museus, bibliotecas, universidades e outras instituições no Brasil, Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, Itália, França, Espanha, Austrália e Quênia, podendo ir chegar a outros países como Argentina, Chile, Peru, México, Canadá, Alemanha, Bélgica e Holanda caso alcancem as demais metas da arrecadação.
Essa é uma realização sem fins lucrativos e toda a arrecadação será destinada a arcar com os custos envolvendo o projeto.
Quem financiar a campanha, poderá escolher entre as opções de recompensa. Elas vão desde a compra do livro até a aquisição de quadro de alguns dos artistas participantes.
A campanha é tudo ou nada. Ou seja: se todo o dinheiro arrecadado atingir a meta, o movimento consegue publicar o livro.
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Mas, caso não alcance, todo o dinheiro retornará aos investidores. Por isso, a participação de cada um é muito importante para que o manifesto possa alcançar seu objetivo. Com apenas R$20 é possível fazer uma doação.
O valor do livro está saindo a preço de custo. Optando pela recompensa de apenas R$100,00, o investidor receberá, caso a campanha chegue ao objetivo, o livro em capa dura em alta qualidade de impressão com frete incluso para todo o Brasil.
Há outras recompensas que oferecerão, além do livro, desde quadros a páginas no livro para o investidor expor sua arte e ficar ao lado de grandes nomes da arte erótica.
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A relevância do projeto fez com que ele ganhasse apoiadores de peso, como o Museu da Diversidade Sexual, que cedeu seu espaço para a realização do lançamento do livro. E a instituição britânica Index on Censorship, organização que denuncia atos de censura pelo mundo inteiro está divulgando a Obscenografica.
Então, vem fazer parte desse manifesto conosco? Vem com a gente lutar pela liberdade de expressão?
Faça aqui a sua contribuição: Para participar dessa campanha acesse o link: https://benfeitoria.com/obscenografica