A Uber, que é patrocinadora em Paradas do Orgulho LGBT no Brasil e no mundo, tem uma política muito rigorosa não só de inclusão de pessoas LGBTs em seu quadro de colaboradores como também de punição aos atos de LGBTfobia praticados pelos mesmos com seus clientes.
vou postar aqui pra dar voz a uma mana trans que sofreu uma transfobia de um motorista da Uber, quero deixar a cara desse palhaço bem conhecida! E que a @Uber_Brasil tome providências! pic.twitter.com/gjWf5gyuPW
— Thay 🕷 (@ThayanniRafaely) December 10, 2019
Enquanto jornalista, blogueiro e autor LGBT, onde sabemos de muitas coisas que acontecem em muitos lugares, há diversos casos de motoristas que não atendem gays, lésbicas ou pessoas trans na Uber ao logo de todos estes anos de atuação. Mas, em todos os casos relatados até hoje e que eu acompanhei, os motoristas sempre foram punidos de forma exemplar.
E não foi diferente com o caso relatado pela Darllen Sacramento no Rio de Janeiro em sua rede social. Ao receber o motorista Felipe, da Uber Pro Ouro, ela notou que ele passou direto e enviou uma mensagem “Vc passou direto… eu tô aqui na frente”. Ele simplesmente perguntou “travesti?”, e ela respondeu “e?”, e ele em seguida falou “desculpe, mais na da”.
Darllen então printou a conversa e enviou para a Uber do Brasil. E relatou em suas redes sociais “Gente, desculpa posta isso aqui mas é porque eu não tive uma resposta eu preciso de uma coisa para poder conscientizar as pessoas sobre isso eu sofri um preconceito muito grande passei uma vergonha imensa e isso não desejo para ninguém”. E relata que após aguardar umas 2 horas, o motorista chegou e ao saber que ela era travesti, disse que não a atenderia apenas por isso.
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E a revolta das pessoas nas redes sociais deu certo. Em resposta, pelo Twitter, a Uber do Brasil respondeu por meio de outra conta no Twitter (que replicou a notícia):
A @Uber_Brasil conversou com a Darllen por telefone e o motorista foi desligado! Obrigada por todos os likes e Rts! 💝💝💝 https://t.co/TX3WHOYqK0
— Thay 🕷 (@ThayanniRafaely) December 11, 2019
“Lamentamos muito a experiência de discriminação que a Darllen enfrentou. Assim que tomamos conhecimento da denúncia, bloqueamos o motorista do nosso aplicativo.”
Está vendo? Reclamar, fazer boletim de ocorrência e não deixar que o preconceito reine em nosso dia a dia é uma atitude de todas as pessoas LGBTs (ou não).
Não podemos deixar nada impune.