Livro Digital: A origem da esquizofrenia. Uma abordagem comunicacional do duplo vínculo segundo a antipsiquiatria
Com 17 anos eu fui cursar psicologia. Ou era psico ou alguma área de tecnologia/programação. A decisão? Eu já entendia muito de sistemas (era um pouco hacker!) então decidi estudar coisas que não sabia: a mente humana.
Durante o curso, percebi que não queria atuar como psicólogo (quem sabe um dia?). No quarto ano eu era gerente de negócios de um site importante e, logo em seguida, virei gerente de comunicação em outro. Foi nesta mesma época que eu comecei a fazer uma terapia corporal reichiana e conheci o Ludens (que surgiu do Soma, do falecido psiquiatra Roberto Freire). O Ludens e o Soma tinham quase os mesmo princípios, por meio da arte, capoeira de angola, princípios da gestalt e jogos corporais, remover a neurose neuromuscular do corpo. Era lindo. Mas, o que mais me impressionou nela, foi sobre como eles viam a loucura (poesias e contos eram publicados na Agenda da Tribo: editora deles!): a questão do duplo vínculo comunicacional dentro da área da antipsiquiatria. Pirei na nova teoria (distante da psiquiatria tradicional) e pensei, vou estudar isso para o meu TCC de psico.
E foi exatamente o que eu fiz. Meus colegas acadêmicos de psico amaram o tema. Nem minha professora conhecia essa “nova teoria” (com vários trabalhos comunicacionais em Palo Alto) sobre a pragmática da comunicação humana. Resumidamente, entre várias teorias sobre a origem da loucura, esta é baseada em comunicações dúbias: se uma criança recebe constantemente duas mensagens dúbias (uma boa e uma ruim: dentro de uma só) durante todo o seu desenvolvimento, ela não entende e essa confusão fará parte da sua psique, desenvolvendo a esquizofrenia.
Claro que essa é a versão super resumida mesmo. Algo do tipo: “Olha, estou te batendo porque você fez coisa errada. Mas é para o seu bem!”. São duas mensagens em uma: estou te machucando mas é algo bom. Como pode isso? Claro que a gente recebe comunicações dúbias as vezes. O problema é, de fato, de quem recebe muito estas comunicações: ou ainda, apenas ela, durante toda a vida (geralmente é passado de pai/mãe para filho/a).
Depois do meu estudo e publicação (1998), eu comecei a ver meu trabalho de TCC e esse distúrbio da comunicação humana em todos os livros, filmes e assuntos que envolviam a esquizofrenia. Até mesmo no filme Psicose, super conhecido e que eu tinha assistido várias vezes, só fui perceber essa visão quando assisti novamente: e lá esta no filme a comunicação dúbia que o protagonista recebia da mãe.
Achei incrível. Os anos se passaram. Eu já estava em outras áreas (comercial, marketing, publicidade, etc) e resolvi fazer uma pós em comunicação e marketing. Depois, por ter publicado vários livros e escrever para diversas revistas, ganhei um registro de jornalista pelo Ministério do Trabalho e hoje trabalho (com muito prazer) como jornalista. A principio não pretendo me aventurar em outras áreas mas, se der vontade, vou tranquilamente! Gosto de me testar e conhecer coisas novas.
Mas vamos voltar para o TCC. Ele ficou tão bacana que, embora eu não tenha feito uma correção gramatical devida (e naquela época com certeza eu deveria ser péssimo!), resolvi publicar ele na Amazon Brasil como livro digital. E, pasmem, durante vários anos ele foi um dos mais vendidos na categoria “saúde mental”.
Então, se você procura conhecer este tema, aqui vai o link dele:
https://amzn.to/2Ejgjju
Lembrando que publicações minhas que não são LGBTs eu assino como Fabrício Darlan Viana. E outras, com outros pseudônimos não divulgados! 🙂
Conteúdo (sinopse lá na Amazon):
Trata-se de uma visão diferenciada sobre a origem da loucura pelo olhar dúbio da comunicação humana durante a formação da personalidade. Um trabalho científico que pode ser lido por médicos, psicólogos, psiquiatras e todos aqueles que buscam uma explicação maior para uma das doenças mentais mais conhecidas da humanidade: a esquizofrenia.
Capítulo 1 – Abordagens da doença mental
Abordagem médica
Abordagem psicanalítica
Abordagem sistêmica
Abordagem sacrificial
Abordagem política
Capítulo 2 – A Psiquiatria – Abordagem médica da doença mental
Capítulo 3 – A Antipsiquiatria – Indagação e Revolução
Capítulo 4 – A Política das Relações Humanas
Capítulo 5 – Família, Esquizofrenia e Antipsiquiatria
Capítulo 6 – Teoria do Duplo Vínculo
6.1. A comunicação humana – um pouco de sua teoria
6.1.1. Comunicação paradoxal – Introdução ao paradoxo
6.2. A prática do duplo vínculo
6.2.1. O funcionamento do duplo vínculo
6.2.2. Os ingredientes do duplo vínculo
6.2.3. Colocando um indivíduo no duplo vínculo
6.3. Duplo vínculo e a fabricação da loucura – síntese
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA