O documentário “Quando Ousamos Existir” aborda, por meio de entrevistas, as trajetórias históricas do Movimento Social LGBTI, desde sua emergência em plena ditadura hetero-militar até a participação nos debates da Constituinte, passando pelos anos iniciais da epidemia de Aids e das lutas pela despatologização da homossexualidade.
Por meio das narrativas de ativistas, revivesse a intensa luta político-cultural pela liberação e afirmação homossexual no Brasil até as primeiras ações de promoção da cidadania. Em mais de 40 anos, o movimento homossexual tornou-se LGBTI, e suas transformações acompanharam e contribuíram para importantes mudanças na sociedade e na atuação do Estado brasileiro em defesa da democracia cidadã.
Gravado entre 2017 e 2019, com ativistas que atuaram nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Paraíba, Sergipe e Ceará, nas décadas de 1970 e 80, a equipe desafiou a extensão territorial brasileira para reencontrar algumas das pessoas que fundaram o movimento LGBTI brasileiro. Entre idas e vindas pelas estradas desse imenso país, reencontrou-se algumas das memórias em defesa da democracia e cidadania LGBTI.
Com roteiro e direção de Cláudio Nascimento e Marcio Caetano, o documentário mostra uma fotografia do ativismo LGBT no Brasil, num período histórico de mais de 40 anos. Entre inúmeras pessoas entrevistadas, todas ativistas como por exemplo João Nery, o primeiro homem trans a realizar a cirurgia de redesignação sexual no Brasil, em 1977, ativista pelos direitos LGBT, falecido em 2018; Regina Fachinni, ativista de direitos humanos, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu (UNICAMP); Marcely Malta, coordenadora da ONG Igualdade – RS, travesti militante do Movimento Trans e de Direitos Humanos de Porto Alegre até Paulo Fatal, que integrou o Grupo Triângulo Rosa e um dos primeiros ativistas a se posicionar pelo enfrentamento à epidemia de HIV nos anos de 1980; entre tantos outros.
A produção é uma iniciativa universitária e ativista sem fins lucrativos e a realização é do Centro de Memória João Antônio Mascarenhas (UFPEL-UFES-GAI) e Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT (RJ).
Trailer
Documentário “Quando ousamos existir” sobre a história do Movimento LGBTI no Brasil. Todos os detalhes no meu blog (inclusive como ajudar a divulgar): https://t.co/LY0EfhA8u1 Documentário importantíssimo! Sigam o @memoriaslgbti e vejam o trailer oficial abaixo. Vamos divulgar! 🏳️🌈 pic.twitter.com/Yj3qAeNMwa
— FabricioViana.com 🏳️🌈 Onlyfans, Livros, Blog… (@fabricioviana) January 4, 2022
Ficha Técnica
Direção geral, concepção e entrevistas: Cláudio Nascimento e Marcio Caetano
Roteiro Cláudio Nascimento e Marcio Caetano
Produção: Cláudio Nascimento e Marcio Caetano
Pesquisa: Cláudio Nascimento, Fabio Rodrigues, Larissa Martins e Marcio Caetano
Direção de Arte e Fotografia: Fabio Rodrigues
Operação de câmera, Iluminação e Som direto: Fabio Rodrigues e Marcio Caetano
Trilha Sonora “Memórias”, Valéria Barcellos – Intérprete & Juliano Barreto de Carvalho –
Compositor
Ilustração e Animação: Fabio Rodrigues
Edição e Finalização: Fabio Rodrigues
Legenda Fabio Rodrigues e José Pedro Minho
Assistente de Edição: Agda Antunes
Assistente de Pesquisa: Clara Brandão, Elisa Abreu, Felipe Sbardelotto, João Neto e
Júlio John
Assistente de Produção: Elisa Abreu, João Neto e Júlio John
Mixagem de Som: Fiona Maria
Divulgação: Julia Fripp e José Pedro Minho
Quem são os diretores
Cláudio Nascimento: Gay, negro e nordestino, atua há mais de 30 anos na luta pelos
direitos humanos e cidadania LGBTI. Atualmente, preside o Grupo Arco-Íris de
Cidadania LGBT e é co-coordenador do Centro de Memórias João Antônio
Mascarenhas.
Marcio Caetano: Professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ativista dos
direitos humanos e civis da população LGBTI e é apaixonado por cinema. Atualmente
atua também como co-coordenador do Centro de Memórias João Antônio Mascarenhas.
Ativistas que participaram do documentário
Jovanna Cardodo: Fundadora do Movimento Trans no Brasil, atuou na organização
“Damas da noite” no Espírito Santo.
Cristina Câmara: Doutora em Ciências Humanas e autora do livro “Cidadania e
Orientação Sexual: a trajetória do grupo Triângulo Rosa”.
Marisa Fernandes: Ativista do Grupo SOMOS de Afirmação Homossexual,
cofundadora da Facção Lésbico Feminista (LF) que, após racha interno no SOMOS,
passou a denominar-se Grupo de Ação Lésbico Feminista (GALF).
Rinaldo Almeida: Um dos fundadores da primeira organização homossexual de
Pernambuco, GATHO – Grupo de Atuação Homossexual, em 1980, faleceu em 2020.
Luciano Bezerra: Um dos símbolos do movimento LGBT no nordeste, o ativista era
conhecido como “abelha rainha” porque liderava o Grupo Mel (Movimento do Espírito
Lilás), faleceu em 2017.
Cláudia Regina: Presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT e ativista do
Grupo Somos de Afirmação homossexual.
Richard Parker: Um dos principais pesquisadores sobre a epidemia de AIDS, é Diretor
Presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar da Aids – ABIA.
João Nery: Escritor, foi o primeiro homem trans a realizar a cirurgia de redesignação
sexual no Brasil, em 1977. Ativista pelos direitos LGBT, faleceu em 2018.
Edward Mcrae: Ativista do Grupo Somos de Afirmação homossexual na décadas de
1970 e 80 e autor o livro “A Construção da Igualdade”.
Alice Oliveira: Lésbica feminista e cofundadora SOMOS, atualmente milita no estado
do Ceará.
Caê Rodrigues: Cofundador do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT e ativista do
Somos-Rio e Auê no final da década de 1970 e anos 80.
João Trevisan: Autor de vários livros, foi cofundador do Grupo Somos de Afirmação
Homossexual e membro do Jornal Lampião da Esquina.
Wagner de Almeida: Diretor de cinema da Associação Brasileira Interdisciplinar de
AIDS- ABIA, é mentor das primeiras atividades culturais de enfrentamento à epidemia
de HIV no Brasil.
Regina Fachinni: Ativista de direitos humanos, pesquisadora do Núcleo de Estudos de
Gênero Pagu (UNICAMP) e publicou diversos artigos e livros, dentre eles, “Sopa de
Letrinhas”.
Rita Colaco: Cofundadora do Grupo de Atuação e Afirmação Gay (GAAG), em 1979,
no Rio de Janeiro, atuou no Grupo Triângulo Rosa na décdada de 1980. É coordenadora
do Museu Pajubá
Marcely Malta: Coordenadora da ONG Igualdade – RS, travesti militante do Movimento
Trans e de Direitos Humanos de Porto Alegre.
Yone Lindgren: Uma das principais lideranças do movimento de lésbicas do Brasil, foi
cofundadora do Grupo Somos (Rio de Janeiro).
Luiz Moti: Fundador do Grupo Gay da Bahia, liderou a campanha de despatologização
da homossexualidade e é decano do movimento homossexual brasileiro.
James Green: Autor de diversos livros, atuou como liderança do Grupo Somos de
Afirmação Homossexual no final da década de 1970 e início da 80.
Peter Fry: Autor de diversos livros, foi membro do Jornal Lampião da Esquina e do
Grupo Somos de Afirmação Homossexual.
Paulo Fatal: Autor de diversos livros. Integrou o Grupo Triângulo Rosa, ocupando os
cargos de Presidente e Secretário. Foi um dos primeiros ativistas a se posicionar pelo
enfrentamento à epidemia de HIV nos anos de 1980.
John Mccarthy: Cofundador do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT e ativista do
Somos-Rio no final da década de 1970 e anos 80, faleceu em 2019.
Veriano Terto: Ativista do Grupo Somos (Rio de Janeiro), atualmente é diretor vicepresidente da ABIA.
Para contribuir na divulgação do Documentário, foi criado um projeto no Catarse. O endereço para que você possa contribuir é https://www.catarse.me/quandoousamosexistir
Outras informações no Twitter @MemoriasLGBTI