Defensor dos valores da “família tradicional brasileira”, o projeto do pastor e deputado federal Marcelo Aguiar (DEM-SP) que tramita na Câmara dos Deputados, propõe diminuir o número de “masturbação” na Internet. O PL 6.449/2016 quer obrigar as operadoras a criarem sistemas que filtrem conteúdos de sexo virtual, prostituição e sites pornográficos.
Segundo o deputado, a pornografia veio para substituir a prática sexual com outra pessoa. E tudo isso graças a facilidade do acesso à internet.
De acordo com o projeto, o deputado acredita que os jovens são mais suscetíveis a desenvolver dependência e já estão sendo chamados de autossexuais – pessoas para quem o prazer com sexo solitário é maior do que o proporcionado pelo “método tradicional”.
Eu, particularmente, achei o projeto muito “nosense”. Afinal, se pensarmos em proporções/estatísticas, com certeza o número de “viciados” em “punheta” deve ser relativamente baixo (comparados com a população que gosta de pornografia). Logo, seria mais viável ele criar um projeto de lei que ajude pessoas que só sentem prazer se masturbando em sites (com dificuldades em ter prazer sexual com outra pessoa, por exemplo).
Mas enfim, mais uma vez a sexualidade humana precisa ser “regulamentada” por alguém. Triste.